Secretaria da Ciência do Belo aprimora a arte da flor em cada coração
Dedicando há trinta e seis anos com a arte da flor, ele recebeu a missão de levar a outros países sua experiência com essa coluna tão importante da fé messiânica, o Belo.
O projeto foi criado a pedido do presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, reverendo Marco Antonio Baptista Resende, e teve início em fevereiro, assim que o ministro assumiu o setor. O primeiro passo foi fazer estudos e, para isso, considerou três fatores: diagnóstico, planejamento e implantação.
Em março, o ministro Erisson viajou para a Bolívia. Lá, realizou estudos nas igrejas para ajudar as pessoas a compreender a importância do contato com as flores. Paralelamente, desenvolveu outras atividades.
Com o apoio dos dedicantes, conseguiu fazer um workshop aberto ao público e, posteriormente, visitou um presídio onde são praticadas as três colunas da salvação: Johrei, Belo e Agricultura Natural. A ikebana abriu as portas para as outras. Algum tempo depois, a agricultura natural começou a ser praticada, chamando a atenção dos internos, mas em especial de um, que exercera a profissão de agricultor.
Para a ministração da Luz Divina, o local dispõe de uma sala reservada, cuja porta de entrada fica no pátio utilizado para as atividades de reabilitação. Ao entrar na sala de Johrei, o ministro deparou-se com uma foto de Meishu-Sama em uma das paredes e encontrou um espaço ideal para colocar uma caligrafia escrita pelo fundador, que levara para presentear os internos.
A atuação do Belo mostrou-se tão importante na vida daqueles detentos que nove deles, que já estavam sendo acompanhados, receberam a Medalha da Luz Divina (Ohikari). Ainda na Bolívia, uma emissora de televisão o convidou para
fazer uma demonstração de ikebana, ao vivo.
No mês de abril, no Peru, além de realizar atividades junto a professores e dedicantes em treinamento, foi convidado para expor dois quadros e uma ikebana, todos de sua autoria, em uma mostra intitulada “Cultura Ancestral: O caminho do pré-hispânico para o contemporâneo”. O evento teve o apoio da Associação Izunome do Peru.
No Johrei Center localizado em Lima, capital peruana, o ministro pôde fazer uma demonstração de ikebana à qual deram o nome de “As Reflexões”. Enquanto esteve no país, procurou mostrar a conexão entre a arte de vivificar as flores e os momentos da vida cotidiana.
No final de abril, foi ao Chile. Lá, promoveu oficinas abertas para as pessoas ligadas à Igreja e realizou uma demonstração de ikebana com o apoio da Embaixada do Japão e Fundação Chile-Japão, na Fundação Cultural de Providência, intitulada “Miryoku no Hana: A fascinante arte da flor”, que teve a presença de quase quatrocentas pessoas. Durante a semana posterior à do início da exposição, cerca de 1.500 pessoas visitaram o local.
Além de ir à América Latina, o ministro foi a Angola, na África, em junho, tendo como um dos propósitos realizar aprimoramentos para professores e candidatos a professores. No encontro com os chefes de igrejas da região, deu uma aula sobre o Belo e preparou uma oficina de miniarranjos florais. No culto mensal, confeccionou ikebana diante de mais de nove mil pessoas, entre fiéis e simpatizantes.
Em novembro, na Europa, participou do evento em comemoração aos quarenta anos da Igreja de Portugal, realizado em um centro cultural. Aproveitando o espaço e a ocasião, os professores expuseram suas vivificações no hall de entrada.
Na Alemanha, prestigiou o evento “Johvem Paraíso” no Johrei Center Frankfurt, em que proferiu uma palestra sobre a importância do Belo no cotidiano. A partir do tema “Família”, escolheu algumas músicas em português, alemão e japonês, para serem tocadas durante uma demonstração de ikebana, emocionando a todos.
Segundo ele, houve um relato que o marcou e comoveu os presentes. Um senhor alemão que assistia à demonstração, disse ter sentido a presença de Deus na flor, quando viu o arranjo pronto. Ao fundo, tocava a música Ave-Maria, no idioma nativo.
Já na Grécia, sessenta pessoas passaram pela experiência de apreciar a demonstração da confecção de arranjos. De acordo com o ministro Erisson, o número é bastante alto para o histórico do país. No dia seguinte, senhoras da sociedade local e crianças especiais participaram de uma vivência com a flor. Estas, que são alunas de ikebana, mesmo com grande dificuldade
motora, não faltam às aulas. E, quando observam os resultados de suas confecções, expressam alegria através de sorrisos, envolvendo a quem estiver ao seu redor.
Ao retornar ao Brasil, após cada uma das viagens, recebeu informações de professores dos países onde estivera sobre os resultados positivos obtidos nas aulas ministradas posteriormente aos aprimoramentos.
No decorrer do período de sua viagem pela Europa, o professor aproveitou para estudar o plano de aula padrão que será lançado neste ano nos países visitados. A ideia é manter uma metodologia.
Para concretizar seu planejamento, que culminará com o lançamento de apostilas traduzidas para o inglês, espanhol e português de Portugal, o ministro contou com o auxílio de especialistas e aproveitou a oportunidade para expressar sua gratidão a eles. “Eu queria agradecer às equipes de tradução, que, desde o início, garantiram total apoio ao projeto.”
Ele enfatizou um dos objetivos das viagens. “Eu instruí os professores que é essencial trabalhar uma relação de proximidade com os alunos para que eles enxerguem um amigo no lugar do professor. É isso que irá gerar mudanças na atmosfera espiritual.”
A intenção é fazer com que todos consigam compreender o real valor de uma flor. “Por que a flor é importante?”, questionou ele. “Não é o arranjo floral que é importante. Eu sempre oriento que não é uma decoração, mas sim de-coração. É preciso impregnar a confecção dos arranjos com bons sentimentos, para oferecer ao próximo uma flor que purifica o espírito.”
O gestor da Secretaria da Ciência do Belo completou sua ideia mencionando trechos de ensinamento e uma reminiscência sobre Meishu-Sama: “A flor exerce boa influência no Mundo Espiritual” e “O mal não gosta de flores”. E finalizou: “Colocar energia positiva nas confecções é primordial para conseguir esta flor, que vai criar uma boa influência no ambiente espiritual de uma casa, de um local de trabalho.” A partir deste propósito, lançou o movimento “Uma flor para a felicidade”, que está sendo desenvolvido para cerca de cinco mil pessoas, nos países visitados.
A proposta para 2018 é disponibilizar apostilas direcionadas a alunos e professores, tendo como prioridade facilitar os estudos por meio de uma padronização. Futuramente, ele pretende preparar novos materiais didáticos, a fim de incluir versões para outros idiomas.
Texto: Ana Carolina Basile
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