é que, por meio do manuseio da argila e do trabalho com os elementos da natureza: terra, água, fogo e ar, o aluno resgate em si o que ele tem de melhor e desenvolva seu potencial em diferentes aspectos. “Esta escola tem algo a mais!”, é o que dizem as pessoas num primeiro contato, segundo Marco Mesquita, ceramista que, há trinta e um anos vem trabalhando no IACE e, há um ano e meio, assumiu a direção da escola. Segundo ele, inicialmente, as pessoas procuram aprender esta arte por diferentes motivos, que vão desde a proposta de uma terapia, um passatempo ou o interesse pela técnica. Todavia, em sua visão, o verdadeiro motivo é a busca por algo mais profundo, e, graças a esta afinidade com a filosofia de Mokiti Okada, a pessoa com a escola se identifica e lá acaba
encontrando as respostas que tanto procura. Ainda, segundo ele, muitos alunos criam “raízes”; alguns estão lá, há mais de vinte anos, justificando esta permanência, o ambiente familiar que lá existe, como se fosse uma extensão da própria casa. O que confere ao IACE um trabalho diferenciado é o processo da criação da peça de cerâmica, a qual leva certo tempo e, dela, o aluno participa intuindo e percebendo novos contornos e formas. A cada etapa, se dá uma nova descoberta, em que a peça vista de cima e por diferentes ângulos sugere novas formas de ver a vida. E até que se defina sua forma final, a peça vai ficando cada vez mais audaciosa e bela. Até mesmo uma rachadura pode mudar tudo o que foi planejado e forçar um recomeço, trazendo à tona uma importante reflexão, inclusive, sobre a possibilidade do “inesperado”. Em seguida, ela passa por duas queimas em forno de alta temperatura. A primeira é para o seu fortalecimento, a segunda é para imprimir, definitivamente, suas cores e texturas. A cada nova experiência, é vivenciado um aprendizado pessoal. Contudo, o momento de maior alegria é quando o forno, ao ser desligado, apresenta a peça finalizada, proporcionando muita emoção e encantamento. A esta altura, o aluno não é mais o mesmo, pois admite que seu esforço foi, na verdade, um aperfeiçoamento contínuo de si mesmo refletido na peça final, e que tudo valeu a pena. O aluno reconhece, sobretudo, que, sua obra de arte também é única, assim como ele quando foi criado por Deus, o maior e verdadeiro Criador. Outro motivo que torna o IACE uma significativa referência na sociedade é o fato de formar ceramistas profissionais com seu próprio ateliê e com exposições periódicas. Atualmente, 156 alunos frequentam o local e, a cada ano, há o aumento da procura pelos cursos
Ao fundo, peças depois da primeira queima e à frente, peças que passaram pela segunda queima
ministrados, sendo eles, modelagem livre e torno elétrico. Formar turmas e novos instrutores em outros Estados tem sido um dos grandes objetivos da escola para os próximos anos. No momento, o IACE oferece, fora da capital paulista, cursos intensivos desde que haja uma infraestrutura adequada no local.
Como participar dos cursos É possível vivenciar, gratuitamente, uma aula experimental e, depois, ingressar, independentemente de formação de turma, em um dos dois cursos oferecidos, pois as aulas têm um acompanhamento individual, respeitando tempo e ritmo de aprendizado de cada aluno. O ano letivo vai de fevereiro a dezembro, continuamente, e conta com aulas, oficinas e workshops. Está aberta de segunda a sábado, com aulas de duas horas e meia, uma vez por semana, nos períodos manhã, tarde e noite. E, anualmente, o IACE abre suas portas à sociedade ao promover uma linda exposição com peças confeccionadas pelos seus alunos. Esta é sempre uma ótima oportunidade para o visitante vivenciar o ambiente da escola. Este ano, acontecerá de 24 de novembro a 12 de dezembro. O IACE fi ca na rua Frei Euzébio da Soledade, 84, Vila Marina – São Paulo – SP. É possível obter mais informações no site: www.fmo.org.br/iace , no telefone (11) 5573-8099 ou no e-mail: iace@fmo.org.br
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