Revista Izunomê-Outubro de 2017

Revista Izunome - Outubro 2017

Revista Izunome - Outubro 2017
Saudação do presidente da IMMB, Rev. Marco Antonio Baptista Resende Solo Sagrado de Guarapiranga - 1º de outubro de 2017
Bom-dia a todos! Os senhores estão passando bem? Inicialmente, agradeço a Deus e a Meishu-Sama a permissão de realizar este Culto Mensal de Agradecimento e de poder servir à Obra Divina com os senhores. O mês de outubro, realmente, é muito especial. Comemoramos o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Em diversas ocasiões, Meishu-Sama nos falou sobre a importância dos padroeiros, que são as divindades guardiãs de cada localidade. Sinto que é muito importante reconhecer a missão dos padroeiros e manifestar nossa gratidão a eles. Muito obrigado, Nossa Senhora Aparecida, estou muito agradecido por cuidar do nosso Brasil!
Este mês, também comemoramos o Dia das Crianças e o Dia dos Professores. É muito interessante o fato de comemorarmos essas duas datas no mesmo mês, não acham? Acredito que este seja um momento muito oportuno para refletirmos sobre a importância da Educação. Educar crianças e jovens exige muito espírito de dedicação, de devoção, de paciência. Realmente, ser professor é uma missão maravilhosa. Os senhores se lembram de seus professores e professoras? Até hoje eu me lembro da professora que me alfabetizou. Ela se chamava Marlene e abriu, em sua casa, uma escolinha que tinha só uma turma com nove crianças. Todos os dias, ao final da aula, ela costumava espremer laranja para fazer suco para nós. Nunca me esqueci do rosto dela, do jeito como falava, da paciência que tinha, da maneira como nos tratava. Ela não se preocupava somente em nos alfabetizar. Hoje, sinto que o espírito com o qual ela se dedicava a nós era para que nos tornássemos pessoas de bem e felizes. Há pouco, ouvimos a experiência da professora Renata, terceira geração de membros de sua família. Fiquei feliz quando a ouvi dizer que, como diretora de uma escola, todo o seu trabalho tem como objetivo fazer a felicidade de professores, pais e alunos. Ela sempre incentivava sua equipe através do próprio exemplo, buscando colocar em prática os Ensinamentos de Meishu-Sama que nos ensinam a ordem, a limpeza, a justiça e o espírito de servir. Assim, a escola conseguiu adquirir a confiança dos pais e conquistou o respeito e a admiração da comunidade escolar. De fato, a missão dos professores é muito grande, pois, através do seu exemplo, eles exercem uma grande influência na nossa formação. Vamos aproveitar esta oportunidade para manifestar nossa gratidão a todos os professores com uma calorosa salva de palmas? Realmente, quando sonhamos com a concretização de um mundo ideal, o ponto fundamental é alicerçar a Educação no equilíbrio entre o espírito e a matéria. No Ensinamento lido há pouco, “Religião, Educação e Política”, Meishu-Sama afirma que o maior erro da Educação é ser totalmente materialista e que se ela não evoluir junto ao espiritualismo, não lhe será possível nem mesmo sonhar em atingir seu verdadeiro objetivo, que é formar homens íntegros, que façam da justiça o seu código de fé e se esforcem para aumentar o bem-estar social, contribuindo para o progresso e a elevação da cultura. Hoje, quando falamos em Educação, nossa tendência é logo pensar em ensino escolar, mas, na verdade, este é somente uma etapa da formação de uma pessoa e, geralmente, está muita calcado nos princípios materialistas. Contudo, a Educação é um processo muito mais amplo, que também deve abranger a formação da pessoa baseada em valores espiritualistas. Ela se inicia e se alicerça no lar, com o exemplo e a influência dos pais e dos adultos que participam da vida da criança. Meishu-Sama nos ensina que os pais e os filhos estão ligados pelos elos espirituais. Por esse motivo, o pensamento, as palavras e as ações dos pais influenciam diretamente a formação dos filhos. Sendo assim, antes de tudo, os pais devem ater-se aos princípios que norteiam o próprio pensamento.Nesse sentido, reconhecer a existência de Deus é o ponto fundamental na criação dos filhos e na construção de um lar e de uma sociedade paradisíacos. Se os pais reconhecem que Deus está vivo dentro das pessoas e dos seres e os tratam com respeito e gratidão, as crianças vão desenvolver a mesma consciência espiritualista dos pais. Por exemplo, se diariamente, os pais têm o hábito de unir as mãos e agradecer a Deus por mais um dia de vida, pelos alimentos, pela proteção recebida e ensinam essa prática aos filhos, enquanto eles são crianças, certamente a aprenderão e a levarão por toda a vida. Quando vamos à Igreja com as crianças, é importante levá-las até o altar e, juntos, orar a Deus. Acredito que, mesmo dando um pouco de trabalho, é importante que os pais persistam, pois através dessas práticas, as crianças vão se conscientizando da existência de Deus e do Mundo Espiritual. É a isto que precisamos estar atentos para ensinarmos às crianças de uma forma natural, através do exemplo e do convívio. Eu gostaria de relatar aos senhores uma experiência que vivenciei e que muito me ensinou. Certa vez, um jovem pai comentou comigo que estava preocupado com um filho que não gostava de estudar. Ele sabia muito bem o valor do estudo, mas não estava conseguindo transmitir isso ao filho. Eu lhe perguntei se, alguma vez, o filho já o tinha visto estudando. Ele disse que não, pois dizia que não queria ser incomodado e gostava de ler ou estudar sozinho. Assim, com base no que Meishu-Sama diz sobre os filhos imitarem os pais, sugeri que estudasse na frente do fi lho. Então, ele resolveu seguir a sugestão e passou a estudar os Ensinamentos em casa, na sala. O filho, vendo que ele estava, lendo e escrevendo, perguntou: — “O que o senhor está fazendo?” Ao que o pai respondeu: “Estou estudando.” — “Ué, o senhor também precisa estudar?” – perguntou o filho. — “Sim, eu preciso. Todo mundo precisa estudar.” Para a surpresa desse pai, por meio de uma simples mudança de atitude, a partir daquele dia, o filho mudou completamente o comportamento e tomou gosto pelos estudos. Realmente, as crianças observam o mundo com olhos bem abertos e absorvem tudo com muita facilidade como verdadeiras “esponjinhas”. Elas estão sempre tentando colocar em prática o que estão aprendendo, imitando os adultos. Sempre que toco neste assunto, lembro-me do nosso querido reverendíssimo Tetsuo Watanabe. Inclusive, neste mês, está completando quatro anos da sua passagem ao Mundo Espiritual. Por exemplo, o reverendíssimo costumava dizer que, quando uma criança pequena vê o pai ou a mãe servindo um copo d’água, ela também manifesta o desejo de fazer a mesma coisa. Entretanto, ele observava que, muitas vezes, os pais não permitiam que a criança pegasse um copo para servir, com medo que ela caísse e se machucasse ou que, simplesmente, derrubasse a água e acabasse se molhando ou molhando o chão. Naturalmente, zelar pela segurança dos filhos é muito importante. Todavia, ele dizia que era preciso estar vigilante para não inibir o espírito de servir que estava nascendo no coração da criança. Este é um ponto muito importante que gostaria de ressaltar: devemos ficar atentos para não inibirmos o espírito de servir que está nascendo no coração da criança, naquele momento. Outra situação muito comum diz respeito à comunicação com os fi lhos. Eu observo que, ao ver os adultos conversando sobre os acontecimentos diários, as crianças também sentem vontade de falar o que lhes ocorreu na escola ou em qualquer outro lugar. Querem contar os fatos que foram importantes para elas. O desejo de participar das conversas no lar pode ser o início do hábito do diálogo entre pais e fi lhos. É de suma importância que os pais prestem atenção ao que os fi lhos estão querendo falar quando ainda são pequenos. Depois que crescem, é natural que os pais comecem a se preocupar e perguntar o que eles estão fazendo, com quem estão conversando ou saindo. Contudo, se o diálogo não foi cultivado desde a infância, pode ser que os filhos não consigam conversar e abrir seus corações, e isto se tornar um motivo de sofrimento e conflito na família. Quando pensamos na educação dos filhos é importante saber que o coração de uma criança é um solo fértil e que as sementes que plantamos, certamente vão crescer com ela. Pode ser que seus frutos não apareçam com a rapidez que desejamos, mas com o crescimento e amadurecimento da criança, certamente os frutos virão. É importante compreender que existe o tempo de semear, de crescer e de frutificar. Tudo ocorre no tempo certo! Como está se aproximando o Dia das Crianças, acredito que o melhor presente que nós, adultos, podemos oferecer a elas é o nosso exemplo, o nosso amor, a nossa paciência e, principalmente, a nossa dedicação ao futuro delas. Se pensarmos bem, nós também já fomos crianças e acredito que nossos pais, avós e antepassados se dedicaram com muito amor para que nos tornássemos o que somos hoje. O ciclo da vida é maravilhoso, não é? Perceber o quanto os ancestrais e antepassados se empenharam para que tivéssemos a evolução, o progresso e as facilidades que temos hoje, é motivo de muita alegria e gratidão, não acham? No próximo dia 2 de novembro, realizaremos o Culto às Almas dos Antepassados. É um momento muito especial para agradecermos a Deus e a Meishu-Sama a salvação de nossos antepassados. Sei que todos os senhores e senhoras estão se preparando para essa importante cerimônia, mas gostaria de ressaltar que, antes de tudo, precisamos nos dirigir para esse dia com a consciência de que devemos reconhecer que Deus, Meishu-Sama e todos os antepassados, conhecidos e desconhecidos, estão vivos dentro de nós. Com essa consciência, a melhor maneira de correspondermos ao desejo de Deus, de Meishu-Sama e de nossos antepassados é empenhar-nos, diariamente, na prática de boas ações, com o desejo de levar felicidade às pessoas que nos rodeiam. Desejo aos senhores uma boa preparação para o Culto às Almas dos Antepassados. Que, iluminados por Deus e Meishu-Sama, sigamos com muita alegria, paz e gratidão no coração. Um excelente mês e boa dedicação a todos. Muito obrigado
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