Revista Izunome outubro - 2011
Quando falamos em mundo espiritual, nós nos inclinamos a criar a visão equivocada de que se trata de um mundo existente fora de nós. Meishu-Sama nos ensinou que não é assim. Em seus Ensinamentos, ele afirma que somos a síntese de um incontável número de antepassados. Conforme nos orienta KyoshuSama, isso significa que eles estão vivos dentro do nosso sonen e, ao mesmotempo, das células de todo nosso corpo, na forma do denso e invisível código genético. Dessa maneira, o mundo espiritual e o mundo material não existem separadamente: Deus os governa como um único mundo. Consciente ou inconscientemente, o homem sempre manteve uma ligação muito forte com seus entes queridos já falecidos. Não seria esse, por exemplo, o significado do “Dia de Finados”, comemorado anualmente em 2 de novembro? Será que visitar o túmulo de parentes e amigos, levar-lhes flores e entoar orações não caracteriza a certeza de que, em algum lugar, eles vão receber essas homenagens e ficarão felizes ao saber que seus descendentes guardam deles boas recordações e sentem saudades? Em última instância, esse hábito não revela a consciência da existência do mundo espiritual e da eternidade do espírito? A morte é uma imagem criada pelo próprio ser humano, que se baseia na ideia de que ele é o dono da vida, a qual, portanto, fica limitada ao mundo visível. Um bom exemplo é a expressão “ter a vida salva”. Na maioria dos casos, ela tem relação apenas com a preservação da existência física ou com a recuperação da saúde. É como se, devido a um acidente ou a uma doença grave, por exemplo, quase perdêssemos algo que nos pertencia. Meishu-Sama nos ensina como é importante saber que a vida é eterna e que a verdadeira salvação é ter consciência disso. Conscientizar-se da eternidade da vida significa reconhecer que ela não pertence a nós, mas a Deus. Somente quando reconhecermos docilmente este fato é que, pela primeira vez, conseguiremos dizer que “tivemos a vida salva”, no real sentido espiritual da expressão. E o que dizer sobre a vida dos antepassados? Normalmente, por estarmos aprisionados à noção de que o mundo espiritual é o mundo após a morte, acabamos pensando que eles estão mortos e, ainda, fazemos distinção entre os nossos antepassados e os das outras pessoas. Nós formamos um só corpo com os antepassados, não apenas com aqueles que formam a nossa linhagem espiritual, mas também com os de todos os seres humanos, toda a humanidade. Nossa felicidade depende deles e vice-versa. E o Culto aos Antepassados é a melhor ocasião para homenageá-los numa prece transbordante de alegria e gratidão. Sempre é bom lembrar... Sabemos da importância de cultuar o espírito dos nossos entes queridos já falecidos, mas é bom lembrar que, além das solicitações de ofícios religiosos, que fazemos regularmente, podemos adotar, no dia a dia, posturas que são igualmente efi cazes na promoção da evolução espiritual deles. Vejamos algumas: Se nós e nossos antepassados somos um só corpo e nossas existências se influenciam mutuamente, então é de extrema importância vivermos de modo que nossos pensamentos, palavras e atitudes sejam fatores gera-
Quando falamos em mundo espiritual, nós nos inclinamos a criar a visão equivocada de que se trata de um mundo existente fora de nós. Meishu-Sama nos ensinou que não é assim. Em seus Ensinamentos, ele afirma que somos a síntese de um incontável número de antepassados. Conforme nos orienta KyoshuSama, isso significa que eles estão vivos dentro do nosso sonen e, ao mesmotempo, das células de todo nosso corpo, na forma do denso e invisível código genético. Dessa maneira, o mundo espiritual e o mundo material não existem separadamente: Deus os governa como um único mundo. Consciente ou inconscientemente, o homem sempre manteve uma ligação muito forte com seus entes queridos já falecidos. Não seria esse, por exemplo, o significado do “Dia de Finados”, comemorado anualmente em 2 de novembro? Será que visitar o túmulo de parentes e amigos, levar-lhes flores e entoar orações não caracteriza a certeza de que, em algum lugar, eles vão receber essas homenagens e ficarão felizes ao saber que seus descendentes guardam deles boas recordações e sentem saudades? Em última instância, esse hábito não revela a consciência da existência do mundo espiritual e da eternidade do espírito? A morte é uma imagem criada pelo próprio ser humano, que se baseia na ideia de que ele é o dono da vida, a qual, portanto, fica limitada ao mundo visível. Um bom exemplo é a expressão “ter a vida salva”. Na maioria dos casos, ela tem relação apenas com a preservação da existência física ou com a recuperação da saúde. É como se, devido a um acidente ou a uma doença grave, por exemplo, quase perdêssemos algo que nos pertencia. Meishu-Sama nos ensina como é importante saber que a vida é eterna e que a verdadeira salvação é ter consciência disso. Conscientizar-se da eternidade da vida significa reconhecer que ela não pertence a nós, mas a Deus. Somente quando reconhecermos docilmente este fato é que, pela primeira vez, conseguiremos dizer que “tivemos a vida salva”, no real sentido espiritual da expressão. E o que dizer sobre a vida dos antepassados? Normalmente, por estarmos aprisionados à noção de que o mundo espiritual é o mundo após a morte, acabamos pensando que eles estão mortos e, ainda, fazemos distinção entre os nossos antepassados e os das outras pessoas. Nós formamos um só corpo com os antepassados, não apenas com aqueles que formam a nossa linhagem espiritual, mas também com os de todos os seres humanos, toda a humanidade. Nossa felicidade depende deles e vice-versa. E o Culto aos Antepassados é a melhor ocasião para homenageá-los numa prece transbordante de alegria e gratidão. Sempre é bom lembrar... Sabemos da importância de cultuar o espírito dos nossos entes queridos já falecidos, mas é bom lembrar que, além das solicitações de ofícios religiosos, que fazemos regularmente, podemos adotar, no dia a dia, posturas que são igualmente efi cazes na promoção da evolução espiritual deles. Vejamos algumas: Se nós e nossos antepassados somos um só corpo e nossas existências se influenciam mutuamente, então é de extrema importância vivermos de modo que nossos pensamentos, palavras e atitudes sejam fatores gera-
dores de luz e salvação para eles. Não é raro interpretarmos acontecimentos desagradáveis como sendo apenas fruto da ação dos antepassados. É certo que, muitas vezes, eles têm permissão de nos mandar avisos por intermédio dos quais podemos identificar pontos que precisamos corrigir na nossa postura na fé. Porém, é certo que deles recebemos grande e permanente proteção, fato que deve ser sempre alvo da nossa mais profunda gratidão. Com os cultos que lhes oferecemos, muitos dos nossos antepassados já habitam o mundo espiritual messiânico e estão participando ativamente da obra de salvação de Meishu-Sama. Mesmo nas nossas linhagens, há aqueles que ainda não reconhecem a existência de Deus e estão precisando ser despertados, perdoados e engajados na obra de construção do Paraíso Terrestre preconizada por Meishu-Sama. Para tanto, um caminho eficaz é convidá-los para se unirem a nós nas nossas dedicações diárias porque, afinal, é por meio delas que, juntos, poderemos acumular virtudes e conquistar a salvação. Agradecendo pela proteção com que eles sempre nos envolvem, vamos renovar nosso compromisso de sermos úteis na divina obra de salvação que Deus, por intermédio de Meishu-Sama, está conduzindo rumo ao estabelecimento de um mundo isento de doença, pobreza e conflito – o Paraíso Terrestre. Até o culto, vamos nos esforçar para encaminhar novos membros, conforme nos orientou o Revmo. Tetsuo Watanabe.
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