Revista Izunomê-Setembro de 2017

Revista Izunomê-Setembro de 2017

Culto Mensal de Agradecimento dedicado à Coluna de Salvação do Belo
Solo Sagrado de Guarapiranga
03 de setembro de 2017


Bom-dia a todos!
Os senhores estão passando bem?
Inicialmente, agradeço a Deus e a Meishu-Sama a permissão de realizar este Culto Mensal de Agradecimento dedicado à importante coluna da salvação através do Belo.
Para celebrarmos este culto, dezenas de artistas, professores, missionários e voluntários da Fundação Mokiti Okada e da Igreja Messiânica prepararam, com muito carinho, exposições e diversas atividades para os senhores. Parabéns a todos que vêm se dedicando a essa coluna de salvação!
Hoje, estamos recebendo 16 jovens messiânicos do Japão para aprimoramento e 91 professores de ikebana de todas as regiões do Brasil que farão prova para o grau de professor titular.
O mês de setembro marca o final do inverno e o início da primavera. A natureza espera ansiosamente por este momento para nos agraciar com seu vigor, sua vida, apresentando-nos a força do renascimento. As árvores ganham novas folhas. As flores desabrocham. Os pássaros cantam, saudando um novo ciclo… Acredito que nós também precisamos nos alegrar e saudar esse renascer da natureza com o nosso renascer.
Frequentemente, ouço muitos depoimentos de membros nos quais eles relatam que, ao se apresentarem como messiânicos, são elogiados e ouvem comentários como: “Ah! Você é messiânico? Eu conheço muitos messiânicos. São pessoas bonitas, alegres, simpáticas e prestativas! Eu gosto muito da filosofia de vocês!”
O que será que torna os messiânicos tão diferentes? Não seria o fato de termos nos encontrado com Meishu-Sama, nosso modelo, que nos ensinou a importância do Belo em nossos pensamentos, palavras e ações?
Desde jovem, Meishu-Sama sempre desenvolveu um profundo interesse pela Arte. Ele sempre acreditou na influência do Belo na formação do caráter humano. Eu acredito que seu modo de vida é o nosso grande exemplo, pois ao observamos suas realizações, podemos confirmar que tudo foi permeado de arte e beleza.
Um exemplo muito claro são as construções dos Solos Sagrados. Creio que Meishu-Sama conseguiu vislumbrar o que já existia no Mundo Divino e, por isso, seguiu o modelo que tinha sido preparado por Deus para concretizá-los aqui, no plano terrestre.
Meishu-Sama também escreveu milhares de poemas e caligrafias, fez ikebana, pintura, construiu jardins e diversas obras arquitetônicas. Sua arte não ficou presa às formas e convenções propostas pelos métodos tradicionais. Ao contrário, ela nos conduz a uma nova maneira de pensar e de viver o Belo em nosso cotidiano.
Meishu-Sama costumava dizer que, em seu trabalho de salvação, um dos pontos mais importantes era a caligrafia. Os senhores já se deram conta para o fato de que é por meio de uma caligrafia – a da palavra hikari, que significa Luz – que Meishu-Sama nos outorga a permissão de sermos úteis a Deus através da ministração do sagrado Johrei?
Existem vários testemunhos evidenciando milagres pela atuação das caligrafias de Meishu-Sama. Em um deles, consta que, em uma época em que a oferta de recursos era bastante escassa, dificultando o uso de aquecedores durante o rigoroso inverno do Japão, Meishu-Sama outorgou aos fiéis uma caligrafia com a inscrição “Luz da primavera”, com o desejo de aliviar o desconforto das pessoas. Ao ser colocada nos lares, misteriosamente, as pessoas começavam a sentir a luz e o calor emanados do sentimento de Meishu-Sama impregnado nesta caligrafia.
Foram tantos os milagres envolvendo as caligrafias, que em um de seus poemas Meishu-Sama escreveu:
As letras escritas por mim atuam de acordo com o significado que possuem.
Isso porque cada uma delas está impregnada do meu espírito.
Hoje, nós, messiânicos, podemos afirmar que nosso pensamento e ações direcionados à salvação das pessoas recebem a influência do espírito e do sentimento de Meishu-Sama impregnado no Ohikari.
Acredito que o ensinamento “A missão da arte”, que acabamos de ouvir, nos esclarece um pouco mais a esse respeito. Neste ensinamento, Meishu-Sama afirma: “As vibrações espirituais emitidas pela alma do artista tocarão a sensibilidade das pessoas. […] Em outras palavras: existe uma sólida ligação entre o espírito do artista e o espírito de quem aprecia suas obras.”
A exemplo disso, observamos que, ao longo de sua vida missionária, Meishu-Sama enfatizou que o Belo era um aspecto essencial na salvação do ser humano. Nesse sentido, se dedicou a reunir obras de arte do mais elevado caráter espiritual e artístico que constituem, hoje, o acervo dos nossos museus.
Realmente, Meishu-Sama possuía tanta convicção no Belo como caminho para despertarmos para a existência de Deus, que escreveu os seguintes poemas:
Eu conduzo as pessoas ao caminho do Reino dos Céus
ensinando-lhes a Verdade, praticando o bem e fazendo
com que elas apreciem o Belo.
A Verdade é o caminho, o Bem é a ação, o Belo é o sentimento.
Desejo, ardentemente, que todos os cultivem.
Estejam cientes os messiânicos de que o Bem é o
pensamento gerado pela Verdade,
e o Belo é a forma criada pelo Bem.
A importância do Belo em nossas vidas ficou bem clara na experiência relatada há pouco pela Sra. Emília. Desde os seis anos de idade, ela ficou fascinada pela beleza do som do violoncelo e dedicou sua vida ao aperfeiçoamento neste caminho. Eu fiquei emocionado quando a ouvi dizer: “A Arte, aos poucos, foi modelando minha vida e, hoje, tenho plena certeza que, minha missão é levar o Belo, por meio da música, às pessoas, tornando-as felizes!”
Realmente, quando criança, talvez Emília não conseguisse entender de onde vinha aquele fascínio pelo som do violoncelo que a fez dedicar a vida em busca de extrair um som cada vez mais bonito, que emocionasse as pessoas…
Contudo, quem será que despertou nela esse sentimento e a utilizou para compartilhar a beleza desse som com todos? Quem será que criou os sons e nos deu permissão para ouvi-los? Quem criou a matéria-prima dos instrumentos, das tintas, das telas, as flores, os rios, as montanhas, a natureza, que nos inspiram com a sua beleza? Quem criou o próprio artista?
Foi Deus, não foi? Será que reconhecemos mesmo que foi Deus quem criou todas as coisas? Será que, às vezes, não tomamos posse das criações que são oriundas d’Ele?
Por exemplo, os senhores já perceberam que, geralmente, quando as pessoas estão num momento decisivo, prestes a iniciar algo, elas fazem uma pausa para respirar? O que será que nos faz agir dessa maneira e buscar uma inspiração?
Na palestra do Culto do Paraíso Terrestre deste ano, Kyoshu-Sama enfatizou que, a todo instante, Deus sopra em nós Sua respiração da vida. Kyoshu-Sama compartilhou conosco o seu pensamento:
“Ó Deus, em nome do Messias, que é uno a Meishu-Sama, com todos os meus ancestrais e toda a Natureza, eu agora retorno ao Paraíso que existe em meu interior e recebo o Seu perdão que está em Sua respiração. Me use, Deus, de forma que essa bênção seja compartilhada com todos à medida que eu sirva à Sua Obra. Que a Sua vontade seja concretizada através de minha inspiração e expiração, através de minha expiração e inspiração. A minha vida e respiração Lhe pertencem. Assim, eu as entrego ao Senhor.”
Em seguida, ele nos ensinou como praticar essa respiração:
“Senhoras e senhores, vamos agora respirar fundo e preencher todo nosso corpo – cada célula do nosso corpo, da cabeça aos pés – com essa respiração completamente nova de Deus. Depois de receber essa respiração de Deus, vamos expirar com o pensamento de retornar ao Paraíso onde Deus habita, entregando-nos inteiramente, de corpo e alma, a Ele.”
Então, vamos agora procurar sentir que Deus está vivo e atuando dentro de nós através da nossa respiração, conforme Kyoshu-Sama nos orientou?
Por favor, primeiro fechem os olhos e vamos respirar fundo, imaginando cada célula do corpo sendo preenchida pela respiração de Deus!
Agora, vamos expirar, com o pensamento de retornar ao Paraíso, entregando-nos de corpo e alma a Deus!
Como é bom respirar com Deus! Como é bom lembrar que Deus está vivo dentro de cada um de nós! Como é bom saber que estamos ligados ao Messias, que é uno a Meishu-Sama! Como é bom ouvir que somos filhos de Deus!
Vamos lembrar que sempre que respiramos, não estamos respirando sozinhos, por conta própria. Na verdade, Deus está sempre respirando conosco.
E para confirmar essa verdade, gostaria de convidar a todos para entoarmos as Palavras de Oração ensinadas por Kyoshu-Sama:
“Deus, eu reconheço que o Senhor está vivo. Dentro de mim o senhor está vivo. Eu lhe agradeço por me criar e educar para nascer de novo como Seu filho. Que essa bênção seja compartilhada com todos. Em nome do Messias, que é uno a Meishu-Sama, eu me entrego ao Senhor. Por favor, me use conforme a Sua vontade.”
Encerrando minha saudação, desejo que desfrutem das atividades que foram especialmente preparadas aqui no Solo Sagrado no dia de hoje e que possam retornar aos seus lares e servir com muita alegria, paz e gratidão no coração.
Muito obrigado e boa dedicação!

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