Em busca da essência do belo

Em busca da essência do belo


Em janeiro de 2017, ano em que completa dez
anos de atividades, o Setor Cultura e Arte da
Fundação Mokiti Okada(FMO) encerrou um ciclo de estudos
com a realização da primeira Residência Cultural Artística no
exterior. No dia 29 de janeiro embarcaram para o Japão vinte agentes culturais voluntários do Setor.Eles permaneceram naquele país por duas semanas, cumprindo uma programação que incluiu
peregrinação aos Solos Sagrados da Igreja Messiânica Mundial nas
cidades de Atami, Hakone e Quioto, visita a templos e museus, palestras sobre aspectos da cultura oriental, apreciação de peça teatral, participação em cerimônias litúrgicas da IMM e na reinauguração do Museu de Arte Mokiti Okada, em Atami, atividades que permitiram a imersão na cultura do país e o exercício da percepção. Jô Reginatt o, gestora do Setor,
explica como surgiu o desafi o de realizar essa atividade no Japão:
“O conceito de Residência Cultural Artística é uma das formas mais características de apoio e incentivo ao desenvolvimento
das artes. A partir da década de 1980, consolidou-se em várias cidades da Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão. Ela contribui
de forma importante para o aperfeiçoamento dos agentes culturais
pois, visitando museus, galerias,contatando com outros povos e
outras culturas, o participante pode refletir e melhor se posicionar
diante de sua trajetória artística.”
A filosofia Okadiana dedica atenção especial à arte, que
é definida como “coluna do Belo”, parte de uma trilogia que inclui
ainda a Verdade e o Bem como sustentáculos do aperfeiçoamento
do ser humano. “Mokiti Okada foi um grande apreciador de todas as formas de manifestação artística; foi exímio calígrafo, pintor, poeta, designer de jóias e produtor de cinema, entre outras habilidades”, explica Jô. Ele afi rmava que a vibração
espiritual do artista, impregnada na sua criação, infl uencia positiva
ou negativamente as pessoas que apreciam suas obras. Sendo
assim, e como a atividade primordial do Setor é o estudo teórico e
prático de sua filosofia, o ideal seria ir buscar, na origem, o contato
presencial e espiritual com tudo o
que o Patrono da FMO produziu e dedicou à humanidade. 
O foco da filosofia  Okadiana é o ser humano, que 
ele considerava ‘a obra prima da criação’. Foi esse espírito, esse sentimento que nós fomos buscar lá.”, conclui Jô. 
Durante todo o período da viagem, o grupo sentiu 
a presença de Mokiti Okada em tudo: na oportunidade 
da contemplação das variadas manifestações do clima, 
sempre perfeito para cada atividade – sol, chuva, nevasca e neve; na floração e aroma das ameixeiras, na surpresa da floração de cerejeiras e até nos encontros e permissões não esperados. Patrícia 
Silva, funcionária da FMO, viveu essa experiência: “Senti o carinho de Mokiti Okada, seu amor e cuidado com as pessoas, sua simplicidade e profundidade em cada detalhe, seu desejo de que todos sejam felizes impregnado em cada lugar que visitei.” 
Um dos pontos altos da programação foi o encontro, no Palácio de Cristal, no Solo Sagrado de Atami, com o Rev. Hayashi Nakai, 
contemporâneo e discípulo de Mokiti Okada. Em sua palestra 
intitulada “Meishu-Sama(*) e a Arte”, ele falou sobre a relação do 
filósofo com seus seguidores e sobre a importância da relação dos 
museus de Hakone e Atami com a coluna do Belo. Em seguida, ainda no Palácio de Cristal, os agentes culturais fizeram um exercício de contemplação, apreciando a cidade de Atami e a baía de Sagami. A proposta do Setor Cultura e Arte é propiciar um mergulho nas proposições do filósofo  espiritualista Mokiti Okada, em especial as relativas à arte. Segundo Jô Reginatto, “o estudo da filosofia Okadiana leva a uma profunda reflexão e a 
um melhor posicionamento da trajetória do artista. Com isso, novos valores alinhados com a proposta Okadiana vão sendo sedimentados e difundidos, dando lugar à conscientização da importância da arte na formação integral do ser humano e na sua capacidade de perceber poeticamente o mundo.”Depoimentos
“Desde que me envolvi com o Setor, melhorei a minha postura 
e a relação do meu trabalho com a coluna do Belo e com a filosofia 
de Mokiti Okada. Ampliei a minha percepção em todos os 
aspectos. Melhorei a minha participação e postura em 
relação a trabalhos envolvendo grupos e minha própria atuação como gestora, e tenho tido permissão de representar esses trabalhos em situações inesperadas e promissoras, como o convite 
para participar de um evento na Bélgica sobre Economia 
Criativa, como única representante da América Latina. 
Sou muito grata, pois sinto--me plena espiritual, pessoal e 
profissionalmente”.Erika Hoffgen, publicitária.
“Da viagem levarei a necessidade do foco constante na missão, 
a superação em relação às dificuldades e a capacidade cotidiana 
e natural da contemplação. Para mim a Residência foi um divisor 
de águas, na vida e na carreira artística. Na minha pesquisa sobre a 
filosofia Okadiana, encontrei o caminho para concretizar um sonho 
que sempre tive – tratar e divulgar o cinema, com toda a sua magia e complexidade, como arte que salva!”Rodrigo do Bem, artista visual“Mokiti Okada impregnou cada lugar que criou com seu 
sentimento. As obras do Museu emanam Luz. Os jardins acalmam 
e alimentam nossos corações; nossos pensamentos e percepção se 
modificam. Em tudo se percebe o seu espírito, emanando luz 

constantemente com suavidade. Entre o rigor e a delicadeza a forma assume beleza, luz e salvação. Gostaria de levar esse espírito para minhas ações, para a minha vida e trabalho voluntário. A tranquilidade do Solo Sagrado de Quioto, a intensidade do Solo Sagrado de Hakone e o esplendor do Solo Sagrado de Atami traduzem Grupo diante do Shunjun-An (Vila Primavera-Outono), Quioto.Em Quioto, o Min. Yoshitsugu Ono e o missionário Nerino Monteiro contam histórias sobre o famoso Lago Hirosawa.
o caminho, sendo o sentimento e o amor de Mokiti Okada manifestado para todos. Muito obrigado.” Elias Muradi, curador e diretor da GARE Cultural.A primeira edição da Residência Cultural Artística proporcionou a formação de agentes culturais conscientes, engajados e multiplicadores da filosofia Okadiana. 
O resultado esperado é o desenvolvimento de projetos que 
dialoguem com a sociedade através da Fundação, e que possibilitem cada vez mais as parcerias de profissionais e instituições comprometidas e afinadas com o 
pensamento de Mokiti Okada. 


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