Hatsuike, a primeira flor do ano
Com galhos de uva, orquídeas brancas e vaso alto, o ministro Erisson Thompson de Lima Jr. ornamentou o arranjo floral oficial da cerimônia. A confecção foi feita ao som das vozes
e instrumentos do Coral Mokiti Okada, que interpretou as canções
Aleluia, Oração de São Francisco e Pai Nosso. De acordo com o ministro, o Hatsuike deve servir para dar início ao ano espiritual. “As professoras são missionárias que, por meio do Belo, levam a luz aos lares e famílias”, diz. Ele conta a respeito da escolha das flores para o arranjo: “A orquídea simboliza muitas coisas boas. Eu vivifiquei a flor pensando nos convidados. Devemos conversar com a flor, sentir a presença de Deus, a flor é Deus.”Durante a cerimônia houve apresentações de teatro, mostrando o dia a dia do professor de ikebana e o caminho que ele percorre. Os convidados também participaram de um momento de sensibilização em que foi proposto visualizar mentalmente uma flor, durante a leitura de uma mensagem que abordava reflexões sobre a vida, a gratidão e a entrega dos sonhos a Deus. Ao final, cada participante ganhou um broche em formato de flor para ser colocada próxima ao coração. As professoras
receberam aproximadamente cinco mil certificados para serem entregues aos alunos de todas as
regiões do País, que cursaram as aulas de ikebana em 2016. O presidente da FMO, reverendo Miguel Neves Bomfim Neto, agradeceu a dedicação dos professores no caminho do Belo e na formação do elemento humano, e explicou o significado da primeira flor do ano. “No Japão, as primeiras flores aparecem no início de fevereiro, após o derretimento da neve. Desde modo, Mokiti Okada colhia, vivificava e oferecia a Deus seu sentimento de gratidão”, conta. O Rev. Miguel também apresentou a
nova estrutura da ikebana Sanguetsu. Segundo ele, o ministro Erisson Thompson será o coordenador das atividades na América Latina, África e Europa, e responsável pelas ações ligadas à coluna do Belo na Igreja Messiânica Mundial do Brasil (IMMB). A coordenação nacional do grupo ficará com a professora Maria de Lourdes Oliveira Francisco. Para auxiliá-la será criada uma comissão, formada por três professoras, e uma consultoria, integrada por duas professoras. Para representar a oração em
forma de flor, as professoras realizaram uma montagem coletiva de uma ikebana. Ao final do evento, foram feitas explanações referentes ao processo de avaliação e qualificação para 2017, a fim de formar novos professores e unificar as atividades no Brasil.Para Miriam Tomaz, de Santos (SP), professora de ikebana há 21 anos, o evento foi do jeito brasileiro. “A cultura oriental é muito linda, mas a pitada de brasilidade foi essencial”. E continua: “Pretendo levar para meus alunos a renovação de hoje, pois a flor faz toda a diferença em nossas vidas. Ela é o veículo para que possamos fazer o mundo melhor”, enfatiza.Professora de ikebana há 10 anos, Regina Celia Probst, de Florianópolis (SC), declara: “A cerimônia é sempre muito especial e este ano tocou minha alma.” Regina resolveu contar uma experiência que viveu no Hatsuikede 2016. “Na Aula de Natal do ano passado, pedi a cada um dos meus 12 alunos que levasse um convidado. Na montagem do arranjo, eles foram colocando as mudanças que ocorreram dentro de si por meio da flor, a fim de entendê-la como um caminho. Isso me surpreendeu, pois eles começaram o curso em agosto de 2016 e, em pouco tempo, compreenderam a importância dessa prática”.
Regina finaliza: “Nesse dia, seis convidados fizeram a matrícula no curso e, no dia seguinte, uma aluna me pediu mais quatro fichas para inscrição . Quando fazemos tudo com amor e deixamos
que Deus atue, sem colocar nossa força, as coisas acontecem.”.
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